Franco Zeffirelli – biografia, filmes e óperas

Se você curte cinema ou música clássica, provavelmente já ouviu o nome Franco Zeffirelli. Ele ficou famoso por transformar histórias famosas em espetáculos visualmente ricos, tanto nas telonas quanto nos palcos de ópera. Neste texto vamos entender quem foi o diretor, como ele começou, quais são seus trabalhos mais lembrados e por que ainda vale a pena conferir suas obras.

Carreira no cinema

Zeffirelli nasceu em 1923 na Itália e, desde cedo, mostrou paixão por artes visuais. Começou como assistente de direção e, em 1963, dirigiu Romeu e Julieta, versão que ainda hoje aparece nas listas de melhores adaptações de Shakespeare. O filme ganhou três Oscars e consolidou seu estilo: cenários luxuosos, figurinos detalhados e atores jovens que pareciam realmente viver a época retratada.

Depois, veio Oogway – O Reencontro (1968) – não, desculpa, era O Perfume da Mulher – e, claro, Hamlet (1990) com Mel Gibson. Cada obra mostra como Zeffirelli misturava a fidelidade ao texto original com uma estética que chamava a atenção do público. Ele não economizava nas produções; se a cena precisava de um palácio, ele construía um.

Além dos clássicos, Zeffirelli também dirigiu filmes mais leves, como Jesus de Nazaré (1977), minissérie que ainda hoje é usada em escolas para estudar a vida de Cristo. O ponto forte dele era dar vida a histórias que muitas pessoas já conheciam, mas de um jeito que fazia tudo parecer novo.

A paixão pela ópera

Enquanto o cinema já estava garantido, Zeffirelli nunca abandonou o teatro. Nos anos 60, começou a montar óperas em casas como a Scala de Milão. Seu trabalho mais famoso nesse campo foi a produção de La Traviata (1976), que acabou sendo transmitida ao vivo para milhões de lares.

Ele acreditava que a ópera precisava de imagens tão fortes quanto a música. Por isso, os palcos eram quase filmes: iluminação dramática, cenários que pareciam pinturas e figurinos que contavam histórias por si só. Isso ajudou a atrair um público mais jovem, que antes via a ópera como algo distante.

Mesmo depois de se aposentar da direção de cinema, Zeffirelli continuou a visitar teatros, dar entrevistas e apoiar novos talentos. Seu legado hoje está nos estudantes de cinema que estudam suas técnicas de iluminação, nos cantores que sonham em atuar em suas montagens e nos fãs que ainda assistem suas versões de Shakespeare nas noites de domingo.

Se ainda não conhece nenhuma obra dele, comece pelo filme Romeu e Julieta ou pela gravação de La Traviata. Você vai entender por que Zeffirelli conseguiu transformar textos clássicos em experiências que ainda emocionam quem assiste. E, quem sabe, você vai acabar apaixonado tanto pelo cinema quanto pela ópera, exatamente como ele queria.

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Ricardo Gravina dez, 28 2024

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