Netanyahu declara que Israel está em guerra com Hezbollah, não com o povo libanês

Netanyahu declara que Israel está em guerra com Hezbollah, não com o povo libanês
Ricardo Gravina set, 24 2024

Netanyahu declara intenção de Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez uma declaração contundente nesta segunda-feira, dia 23 de setembro de 2024. Sob intensa pressão de um cenário internacional em alerta, Netanyahu enfatizou que Israel não está em guerra com o povo libanês, mas sim com o Hezbollah, uma poderosa facção islâmica xiita apoiada pelo Irã. Essa declaração vem após um dos bombardeios mais devastadores realizados pelo exército israelense em solo libanês desde a guerra de 2006, resultando em uma catástrofe humanitária.

O ataque mais mortal desde 2006

No que se configurou como o ataque mais mortal desde o conflito de 2006 entre as Forças de Defesa de Israel e o Hezbollah, pelo menos 274 pessoas foram mortas e 1.024 feridas, conforme os dados fornecidos pelo Ministro da Saúde do Líbano. A ação militar israelense foi marcada por intensos bombardeios que atingiram grandes áreas urbanas, aumentando consideravelmente o número de vítimas civis e causando destruição em grande escala de infraestruturas essenciais.

Hezbollah como alvo principal

Hezbollah como alvo principal

Netanyahu buscou deixar claro que as operações militares visam exclusivamente o Hezbollah. Ele afirmou: "Não estamos em guerra com o povo libanês, mas com o Hezbollah." Essa organização, que tem raízes profundas no Líbano desde a invasão israelense de 1982, tem sido um dos principais antagonistas de Israel na região. A invasão original de Israel no Líbano resultou em mais de 17.000 mortes e deu origem a um conflito de longa data que continua até hoje.

A escalada recente do conflito

Os recentes acontecimentos acentuaram ainda mais a já tensa relação entre Israel e Hezbollah. Um episódio que chamou muita atenção foi a explosão e hackeamento dos pagers dos membros do Hezbollah, evento que resultou em várias mortes e inúmeros feridos. Desde o início da nova guerra em Gaza, as forças armadas israelenses têm conduzido uma série de ataques retaliatórios contra alvos do Hezbollah. Netanyahu foi veemente ao afirmar que Israel não demonstrará fraqueza perante ameaças e continuará buscando restaurar a segurança na região norte do país.

A resposta internacional

A resposta internacional

A comunidade internacional expressou grande preocupação com a escalada da violência. Diversos países e organizações internacionais têm feito apelos fervorosos para que ambas as partes exerçam restrição e busquem uma resolução pacífica para o conflito. O impacto humanitário destes ataques levanta questões sobre a proporção e a legitimidade das ações militares tomadas por Israel e a resposta do Hezbollah, deixando claro que a participação e mediação internacional pode ser crucial para qualquer avanço nas negociações de paz.

Apelo à população libanesa

Em seu discurso, Netanyahu também fez um apelo atravessado à população do Líbano. Ele os encorajou a evitar áreas de conflito e a se afastar dos locais onde o Hezbollah possui presença militar significativa. "Eu peço ao povo libanês que saia do caminho do perigo," disse Netanyahu, tentando separar a população civil das incursões militares e argumentando que as ações de Israel são exclusivamente para restaurar a segurança e estabilidade na região.

Implicações e futuros desdobramentos

Implicações e futuros desdobramentos

As implicações desse conflito são vastas e complexas. A história de hostilidades entre Israel e Hezbollah é longa e repleta de episódios violentos. Com a intensificação das ações militares, a situação humanitária no Líbano torna-se cada vez mais precária, aumentando o sofrimento da população civil que já vivencia um contexto de instabilidade e crise econômica. As próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo desse conflito e o possível envolvimento de terceiros países ou a intervenção de organismos internacionais poderia moldar as negociações futuras e buscar uma solução sustentável.

13 Comentários

  • Image placeholder

    Bruna Soares

    setembro 25, 2024 AT 09:04
    NÃO É SÓ O HEBREU QUE TÁ EM GUERRA, É TODO MUNDO QUE APOIA ELE!! ISSO AQUI É LIMPEZA ÉTNICA COM OUTRO NOME, E NINGUÉM VAI ME ENGANAR COM ESSA HISTÓRIA DE "SÓ O HEZBOLÁH". CIVILS MORRENDO E AINDA TÁ TENTANDO SE PASSAR DE VÍTIMA?? 🤮
  • Image placeholder

    Odi J Franco

    setembro 26, 2024 AT 19:08
    eu sei que é difícil, mas tenta entender que por trás de cada número tem uma família. 274 pessoas... são mães, filhos, avós. não são só estatísticas. a gente precisa de paz, não de mais sangue. 🫂
  • Image placeholder

    Jose Roberto Alves junior

    setembro 28, 2024 AT 11:09
    a declaração do Netanyahu parece um esforço de imagem, mas os bombardeios falam mais alto. quando você destrói escolas, hospitais e casas, não importa o que diz... o povo sabe quem é o agressor.
  • Image placeholder

    Ricardo dos Santos

    setembro 30, 2024 AT 08:45
    É imperativo ressaltar, com a máxima clareza jurídica e ética, que a violação sistemática do direito internacional humanitário, sob a alegação de legítima defesa, constitui crime de guerra, independentemente da entidade alvo. A distinção entre combatente e não combatente não é meramente tática - é moral.
  • Image placeholder

    Felipe Henriques da Silva

    setembro 30, 2024 AT 22:16
    a guerra sempre foi um erro mas agora parece que ninguém mais quer parar... talvez porque ninguém lembre mais o que é paz. o que resta quando tudo vira alvo?
  • Image placeholder

    Laryssa Gorecki

    outubro 2, 2024 AT 21:38
    SE VOCÊ NÃO QUER GUERRA, NÃO APOIE TERRORISTAS QUE ATIRAM EM CRIANÇAS. O HEBELOH NÃO É UM MOVIMENTO POLÍTICO, É UMA ORGANIZAÇÃO QUE QUER DESTRUIR ISRAEL. ELES USAM CIVIS COMO ESCUDO E AINDA TÁ MANDANDO FALA QUE É INOCENTE?? NÃO VOU APOIAR ISSO.
  • Image placeholder

    Fernanda Borges Salerno

    outubro 4, 2024 AT 14:23
    ah sim claro 🤡 "não somos contra o povo libanês"... enquanto vocês bombardeiam o bairro inteiro onde eles moram. tá, tá, tá... eu acredito que o papai Noel também é real 😘
  • Image placeholder

    Claudia Fonseca Cruz

    outubro 5, 2024 AT 20:19
    É fundamental que a comunidade internacional reafirme o princípio da proporcionalidade e da proteção da população civil. A escalada de violência não apenas agrava a crise humanitária, mas também compromete a possibilidade de um futuro de coexistência pacífica.
  • Image placeholder

    Mariana Borcy Capobianco

    outubro 6, 2024 AT 09:29
    tipo, se o hezbollah ta escondido entre casas, e o israel ataca, é culpa deles? ou é culpa de quem usa crianças como escudo? eu n sei, mas se eu fosse libanês, fugia daquilo.
  • Image placeholder

    Mateus Silviano

    outubro 7, 2024 AT 04:11
    Israel tem o direito de se defender. Qualquer um que fala mal disso é pró-terrorista. O mundo tá cheio de covardes que não têm coragem de dizer a verdade: o Hezbollah é uma organização do mal. Ponto final.
  • Image placeholder

    João Paulo Souza

    outubro 8, 2024 AT 18:51
    e se a gente parasse pra pensar... e se o povo libanês também só quer viver em paz? talvez o problema não seja só o hezbollah... talvez seja todo esse ciclo de ódio que ninguém quer parar. 🤔
  • Image placeholder

    Nat Ring McBrien

    outubro 10, 2024 AT 12:20
    os EUA mandaram. a ONU tá comprada. o Irã tá por trás de tudo. isso aqui é um teste pra ver até onde o mundo vai deixar Israel se defender. se você não tá com Israel, tá com o Irã. ponto.
  • Image placeholder

    Rhuan Barros

    outubro 11, 2024 AT 02:24
    isso tudo vai acabar em mais guerra. sempre acaba assim. ninguém aprende.

Escreva um comentário