Na tarde de sábado, Matheus Cunha que ainda não havia balançado as redes pelo Manchester United, quebrou a seca de gols ao marcar o primeiro da partida contra o Brighton & Hove Albion no Old Trafford em 26 de outubro de 2025. O atacante brasileiro, 26 anos, encontrou o fundo da rede aos 25 minutos, dando a vitória por 4 a 2, e trouxe alívio para o técnico Ruben Amorim, que vê o time subir temporariamente para o quarto lugar.
Contexto histórico do confronto
Antes desse duelo, os Red Devils haviam perdido seis dos últimos sete encontros na Premier League contra o Brighton, alimentando o que o ex‑lateral Gary Neville chamava de "capa do Brighton" em Old Trafford. A derrota de 2 a 0 para o Seagulls, em 2023, ainda ecoava nas arquibancadas. Entretanto, a chegada de Amorim em novembro de 2024 trouxe um novo perfil tático, reforçado por contratações de peso como Bruno Fernandes e o experiente Casemiro.
Os detalhes da partida
O primeiro gol surgiu depois de um passe sem olhar de Bruno Fernandes que encontrou Casemiro na zona de meio‑campo. O volante, então, serviu um toque preciso para Cunha, que recebeu o balde com o pé esquerdo, girou e enviou a bola por cima do goleiro Bart Verbruggen, acertando o canto inferior direito. Comentadores descreveram a finalização como "um verdadeiro golaço" – a primeira comemoração oficial de Cunha nas cores vermelhas.
Dez minutos depois, Casemiro disparou de fora da área. O chute bateu em Yasin Ayari, mudou de trajetória e escorou na rede, ampliando para 2 a 0. No intervalo, Bryan Mbeumo, o ala camaronês que chegou ao clube no mesmo período, fez 3 a 0 ao lançar a bola entre as pernas de Lewis Dunk, gerando ainda mais confusão no setor defensivo do Brighton.
Os Seagulls reagiram aos 55 minutos, reduzindo o placar com um livre direto de Danny Welbeck que encontrou o canto esquerdo. Porém, Mbeumo, com sangue frio, marcou novamente aos 68 minutos, selando o 4 a 1. O último susto veio nos acréscimos, quando o jovem grego Charalampos Kostoulas cabeceou de escanteio, encerrando a partida em 4 a 2.
Reações dos protagonistas
Logo após o apito final, Cunha concedeu entrevista ao Premier League Productions. "Finalmente! Eu trabalhei muito para isso. Estou feliz, mas quero contribuir ainda mais. O time venceu e isso é o que importa", afirmou, acrescentando que a pressão psicológica da falta de gols havia sido "pesada, mas o caráter da equipe nos manteve firmes".
Amorim, em coletiva, destacou a importância de "quebrar a maldição do Brighton" e elogiou a postura de seus jogadores: "Foi a melhor semana desde que cheguei. Mostraram personalidade, acreditaram e, sobretudo, não cometeram erros bobos nos momentos decisivos".
Impacto na tabela e no moral da equipe
Com a vitória, o Manchester United soma 16 pontos em nove jogos (5‑1‑3) e avança para a quarta colocação, ainda a duas partidas do posto de vice‑campeão. A sequência de três vitórias consecutivas no campeonato indica que o time está começando a encontrar consistência tática sob Amorim. O dilema da escassez de gols de Cunha foi, ao menos momentaneamente, resolvido, o que deve aliviar a ansiedade da torcida e dos dirigentes.
Para o Brighton, a derrota implica risco de cair para fora da zona de classificação para a Liga Europa. O clube ainda mantém a esperança de melhorar a defesa, que concedeu quatro gols em apenas 68 minutos de jogo regular.
Próximos desafios
Na próxima rodada, o Manchester United enfrenta o Arsenal em casa, um confronto que pode definir se o Red Devils continuará na corrida ao título ou se ficará à sombra dos gigantes de Londres. Já o Brighton viajará para Newcastle, onde precisará arrumar a rede para manter viva a esperança de classificação.
Fatos‑chave
- Matheus Cunha marcou seu primeiro gol pelo clube aos 25 minutos.
- Manchester United venceu 4 a 2, avançando para a quarta posição.
- Ruben Amorim comemorou a quebra da "maldição" contra o Brighton.
- Casemiro e Bryan Mbeumo também contribuíram com gols.
- O confronto fez parte da 9ª rodada da Premier League 2025‑26.
Perguntas Frequentes
Como a vitória influencia a posição do Manchester United na tabela?
Com os três pontos conquistados, o time chega a 16 pontos, ocupando temporariamente o quarto lugar e ficando a dois pontos do terceiro, o que aumenta as chances de disputa por vagas europeias.
Por que o gol de Matheus Cunha foi tão importante para o clube?
Era o primeiro dele em 26 jogos no clube, encerrando uma sequência de nove partidas sem marcar, o que aliviou a pressão sobre o atacante e trouxe confiança ao ataque.
Qual foi a principal crítica feita ao Brighton durante a partida?
Os analistas apontaram a fragilidade defensiva, sobretudo nas transições rápidas do United, que resultaram em três gols sofridos nos primeiros 35 minutos.
O que o técnico Ruben Amorim destacou como ponto forte do seu time?
Ele elogiou a determinação e o caráter dos jogadores, ressaltando que o grupo não cometeu erros bobos nos momentos decisivos e mostrou personalidade para virar o jogo.
Qual é o próximo adversário do Brighton e o que eles precisam melhorar?
O próximo desafio é contra o Newcastle United. O técnico espera corrigir a vulnerabilidade nas bolas paradas e fechar os espaços nas laterais para evitar mais gols vazados.
David Costa
outubro 26, 2025 AT 21:15O gol de Matheus Cunha contra o Brighton representa mais do que um simples ponto na tabela da Premier League. Ele simboliza a ruptura de uma sequência de frustração que há muito assombrava tanto a torcida quanto a própria identidade do Manchester United. Do ponto de vista histórico, o clube inglês tem buscado reviver glórias passadas, e cada gol decisivo alimenta essa narrativa de renascimento. Ao analisar a jogada, percebe‑se uma perfeita articulação entre Bruno Fernandes, que ousou o passe sem olhar, e Casemiro, que demonstrou inteligência ao posicionar o segundo toque. A movimentação de Cunha, ao girar e chutar com o pé esquerdo, evidencia a formação de um jogador que absorveu o treinamento sob o comando de Ruben Amorim. Além disso, a presença do próprio Casemiro como mediador no meio‑campo cria uma ponte entre a defesa sólida e o ataque criativo, algo que tem sido escasso nas temporadas recentes. Culturalmente, o Brasil tem uma tradição de atacantes que brilham em momentos decisivos, e Cunha segue essa linhagem ao celebrar seu primeiro gol em território inglês. A repercussão nas redes sociais brasileiras já reflete orgulho e esperança, reforçando a conexão emocional entre a diáspora e o clube. O impacto psicológico no vestuário vermelho também não pode ser subestimado; romper a ‘maldição do Brighton’ traz alívio mental que reverbera nos treinos. Em termos táticos, a vitória indica que o esquema de Amorim, baseado em transição rápida e pressão alta, está começando a dar frutos. A participação de Bryan Mbeumo na conquista do placar demonstra a profundidade do plantel, oferecendo opções versáteis no ataque. Do ponto de vista estatístico, o United somou 16 pontos em nove jogos, aproximando‑se dos confrontos diretos com os gigantes de Londres. Este desempenho cria um cenário onde a consistência se torna plausível, especialmente se a equipe mantiver a disciplina defensiva mostrada nos primeiros 35 minutos. Entretanto, a defesa ainda apresenta vulnerabilidades, como evidenciado pelos quatro gols sofridos, exigindo ajustes nas bolas paradas. A próxima partida contra o Arsenal será um verdadeiro teste de resistência, tanto física quanto mental, para confirmar se a evolução é sustentável. Em suma, o gol de Cunha não foi apenas um ponto, mas um marco simbólico que pode catalisar uma nova era de sucesso para o Manchester United.