Na tarde de 17 de maio de 2025, o Crystal Palace escreveu sua página mais gloriosa: venceu o Manchester City por 1-0 na final da FA CupWembley Stadium, conquistando o primeiro troféu importante de sua história — 120 anos após sua fundação. O gol da vitória veio aos 25 minutos do primeiro tempo, marcado por Eberechi Eze, o meia atacante nigeriano-inglês de 26 anos que, com uma finalização precisa após um contra-ataque, transformou o sonho em realidade. Mas o herói da noite não foi só ele. O goleiro Dean Henderson, de 27 anos, salvou uma penalidade de Omar Marmoush, o atacante egípcio do City, após uma falta questionável que quase o expulsou — e que, segundo a transmissão da ESPN, "foi um milagre ele ainda estar no campo".
Um troféu que 120 anos esperaram
O Crystal Palace nunca havia vencido a Premier League, a Copa da Liga Inglesa ou, até então, a FA Cup. O clube, fundado em 1905, já havia chegado a finais antes — em 1990, perdeu para Manchester United — mas sempre saiu com o coração partido. Agora, com a vitória sobre o gigante de Manchester, a torcida entrou em ebulição. "O Palace busca o seu primeiro título, né, de FA Cup", dizia um vídeo em português da torcida, enquanto outro comentava: "Nunca venceu Premier League, não venceu Copa da Liga Inglesa, não venceu Copa da Inglaterra". E agora, sim. A conquista não é apenas simbólica. É histórica. E muda o status do clube na Inglaterra.Manchester City: a frustração que persiste
O Manchester City, sob o comando de Pep Guardiola, o técnico espanhol de 54 anos, buscava seu oitavo título da FA Cup — um recorde absoluto no futebol inglês. Mas, como já havia acontecido nas duas finais anteriores, foi derrotado no momento decisivo. Em abril, havia goleado o Palace por 5-2 no Etihad Stadium, mas na final, a realidade foi outra. A equipe de Guardiola dominou as estatísticas: 68% de posse, 21 chutes, 11 finalizações no alvo. Mas não marcou. E isso pesa. O técnico, que já levou o City a títulos em todas as competições possíveis, agora enfrenta um novo desafio: superar a sombra da derrota em Wembley. "Com um confronto crucial contra o Bournemouth à frente, ainda há muito para lutar", disse o site oficial do City, tentando desviar o foco — mas a ferida está aberta.
Os heróis e as estatísticas que definiram a noite
Eze não foi o único que brilhou. Ismaila Sarr, o atacante senegalês de 27 anos, foi o principal motor ofensivo do Palace, com três gols em quatro jogos na temporada. Já Jean-Philippe Mateta, o francês de 27 anos, contribuiu com dois gols e uma presença física que desequilibrou a defesa do City. Defensivamente, Tyrick Mitchell, o lateral inglês de 25 anos, marcou um gol e foi impecável em marcações. Já para o City, Erling Haaland, o fenômeno norueguês de 24 anos, fez mais uma temporada espetacular — oito gols em seis jogos — mas não conseguiu superar a barreira do goleiro Henderson. Apenas uma penalidade salva, e o título escapa.Próximo capítulo: Selhurst Park, 14 de dezembro de 2025
A rivalidade não terminou. A próxima batalha está marcada para 14 de dezembro de 2025, às 18h (horário local), no Selhurst Park Stadium, em Londres. Até lá, o Crystal Palace vem em uma sequência impressionante: sete vitórias e três empates nos últimos dez jogos — invicto há mais de dois meses. Na tabela da Premier League, o clube lidera com 12 pontos (3 vitórias, 3 empates, 0 derrotas), enquanto o City aparece em segundo com 10 pontos (3 vitórias, 1 empate, 2 derrotas). O time do City, segundo análises em português, deve voltar com Ederson Moraes (31 anos, brasileiro) no gol, e a defesa formada por Mateus Nunes (27), Rúben Dias (3) e Joško Gvardiol (75). A pressão é enorme. O Palace, agora com o título no peito, vai jogar com liberdade. O City, com o orgulho ferido, vai tentar reagir.
Um clube renascido, uma dinastia abalada
O treinador do Palace, Oliver Glasner, o austríaco de 49 anos, foi criticado após a derrota por 5-2 em abril. Nas redes, chamavam-no de "incompetente". Mas na final, ele fez a diferença. Sua estratégia defensiva, com Eze como falso 9 e Sarr como ala explosivo, desmontou o estilo de jogo do City. Ele não só venceu — ele transformou. E agora, o Crystal Palace não é mais apenas um clube de médio porte. É um candidato. Um adversário temido. Um time que, pela primeira vez, pode sonhar com a Champions League.Enquanto isso, o Manchester City, que já foi invencível, agora enfrenta uma nova realidade: mesmo com recursos infinitos, talento absoluto e um técnico de elite, o futebol ainda tem espaço para histórias de superação. O Palace, com orçamento menor, estrutura mais modesta e uma torcida apaixonada, provou que o coração pode vencer o dinheiro. E isso, talvez, seja o maior gol da temporada.
Frequently Asked Questions
Como o Crystal Palace conseguiu vencer o Manchester City, considerando o histórico de derrotas?
O Palace adotou um esquema tático ultra-defensivo, com sete jogadores atrás da bola nos momentos críticos, e contou com a excelência de Dean Henderson no gol e a velocidade de Ismaila Sarr nos contra-ataques. A decisão veio com um gol individual de Eberechi Eze, enquanto a defesa resistiu a 21 chutes do City. A pressão psicológica da final também pesou — o City, cansado de perder decisões, errou na finalização.
Por que esta vitória é tão importante para o Crystal Palace?
É o primeiro troféu de grande porte da história do clube, que foi fundado em 1905. Antes disso, o Palace nunca havia vencido a Premier League, a Copa da Liga ou a FA Cup. A conquista eleva o clube ao patamar de grandes equipes inglesas, abre portas para a Champions League e aumenta o valor comercial do time, com aumento de 30% nas vendas de camisas nos dias seguintes à final.
Quais são as chances do Crystal Palace vencer novamente contra o Manchester City em dezembro?
As chances são reais. O Palace está invicto em 10 jogos, com 7 vitórias e 3 empates, e joga em casa. O City, por outro lado, tem 2 derrotas na temporada e ainda não encontrou equilíbrio defensivo. Se Henderson e Eze mantiverem o nível da final da FA Cup, o Palace tem grande chance de repetir o resultado — ou até vencer por mais gols.
O que a derrota na FA Cup significa para Pep Guardiola e o Manchester City?
É um revés simbólico. Guardiola já conquistou tudo, mas nunca havia perdido três finais seguidas de uma mesma competição. A derrota em Wembley reforça a ideia de que, mesmo com dinheiro e talento, o futebol não é só estatística. A pressão por um oitavo título da FA Cup cresce, e o clube pode enfrentar críticas internas, especialmente se não vencer a Premier League esta temporada.
Houve alguma controvérsia na final da FA Cup?
Sim. Dean Henderson foi acusado de tocar a bola com a mão fora da área ao impedir o gol de Erling Haaland, o que deveria resultar em cartão vermelho e penalidade. Mas o árbitro optou por apenas adverti-lo — e o lance foi confirmado pela VAR como "não intencional". A decisão gerou polêmica, mas não foi revertida. Muitos torcedores do City acreditam que, sem esse lance, o jogo poderia ter tido outro desfecho.
O que essa vitória pode mudar no futuro do Crystal Palace?
A conquista atrai patrocinadores, aumenta o valor de mercado dos jogadores e dá ao clube direito de disputar a UEFA Europa League na próxima temporada. Além disso, o técnico Oliver Glasner pode renegociar seu contrato com mais poder. A torcida já exige a contratação de um novo centroavante e um volante de qualidade — e o clube tem recursos para isso, algo impensável antes de maio de 2025.
César Melo
dezembro 1, 2025 AT 07:45Isso aqui é o que o futebol deveria ser
Orçamento pequeno, torcida louca, estratégia inteligente
Não precisa de 200 milhões pra ganhar
É só coração, organização e um goleiro que salva penalidade
Palace fez o que todo mundo sonha: venceu o gigante com o que tinha
Parabéns a toda a equipe, ao técnico, aos torcedores
Isso aqui é mais que um título, é uma lição de vida