Brasil é eliminado por Portugal nos pênaltis na semifinal da Copa do Mundo Sub-17 2025

Brasil é eliminado por Portugal nos pênaltis na semifinal da Copa do Mundo Sub-17 2025
Ricardo Gravina nov, 26 2025

A Seleção Brasileira Sub-17 viu o sonho do pentacampeonato se desfazer em a semifinal da Copa do Mundo FIFA Sub-17 2025 — e não por falta de luta, mas por um chute na trave. Em uma noite de nervosismo e precisão falha, o Brasil perdeu por 6 a 5 nos pênaltis para a Portugal, em partida realizada na segunda-feira, 24 de novembro de 2025, às 13h (horário de Brasília), no Aspire Zone, em Doha, Catar. O jogo terminou 0 a 0 no tempo normal, e o que parecia uma finalização digna de um time campeão virou um pesadelo de cobranças perdidas, erros de decisão e o peso de uma expectativa que pesa mais que uma camisa de seleção.

Um time desfalcado, mas com coração

A equipe comandada por Carlos Dudu Patetuci entrou em campo sem seu pilar defensivo: Luís Eduardo, zagueiro do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, estava suspiso por ter acumulado seu terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Marrocos. Sem ele, a defesa brasileira ficou exposta, e os portugueses aproveitaram cada espaço. Mas não foi só isso. Ainda faltavam Arthur Ryan e Vitor Hugo, suspensos por cartões; Derick, lesionado. Eram quatro jogadores fora — o equivalente a um time inteiro em um Mundial de base. Mesmo assim, o Brasil resistiu. E não foi por acaso.

Na cobrança, o que não se vê no placar

Na disputa de pênaltis, o Brasil teve cinco cobradores: Dell, Tiaguinho, Zé Lucas, Luis Pacheco e Gabriel Mec — todos converteram. Mas o goleiro Rafael Cunha foi defendido, e o lateral Ângelo mandou por cima. Portugal, por sua vez, acertou seis cobranças — Tomás Soares, Chelmik, Santi Verdi, Yoan Pereira, João Aragão e José Neto. O goleiro Romário Cunha, que havia sido o herói da fase anterior, errou a última cobrança. Era a chance. Ruan Pablo, o sexto cobrador brasileiro, entrou em campo com o peso do mundo nos ombros. Chutou na trave. E então, em um momento que parece saído de um filme, Ângelo voltou a cobrar — e errou de novo. Fim. A seleção brasileira foi eliminada não por falta de talento, mas por um colapso psicológico que ninguém viu vir.

Dell, o Haaland do Sertão, e o peso de ser o herói

O nome que mais ecoou durante toda a competição foi o de Dell, atacante do Esporte Clube Bahia. Apelidado de "Haaland do Sertão" pela imprensa europeia, ele marcou os dois gols contra o Marrocos nas quartas e chegou à semifinal como vice-artilheiro da competição, com cinco gols. Na cobrança, ele converteu com frieza. Mas o que ninguém contou é que ele também foi o único jogador brasileiro a ter sofrido duas faltas violentas no segundo tempo — e não recebeu cartão. O técnico português reclamou da arbitragem, mas o que ficou foi a sensação de que o Brasil foi deixado sozinho contra o vento.

Por que isso dói tanto?

Por que isso dói tanto?

O Brasil tem quatro títulos na Copa do Mundo Sub-17 — empatado com a Nigéria. O quinto seria histórico. Não só por quebrar um recorde, mas por retomar o protagonismo em uma geração que prometia ser a mais talentosa desde 2003. Em 2019, a equipe foi eliminada nas quartas. Em 2023, caiu nas semifinais. Agora, em 2025, chegou mais longe — e ainda assim, caiu. E não por um gol de falta, não por um erro de zaga. Mas por uma cobrança que não foi feita. Por um chute que poderia ter sido o mais importante da carreira de um garoto de 17 anos — e que, por um fio, virou tristeza.

O que vem a seguir?

O Brasil agora enfrenta a Itália pela disputa do terceiro lugar, na quinta-feira, 27 de novembro de 2025, às 9h30 (horário de Brasília), no mesmo Aspire Zone. Já a Portugal avançou à final contra a Áustria, que eliminou a Itália por 2 a 0 na outra semifinal. A final está marcada para o mesmo dia, às 13h. Ainda que não seja o título, a luta pelo bronze é importante — não só para a medalha, mas para a autoestima de uma geração que foi cobrada como se já fosse campeã.

Um legado que não se mede em troféus

Um legado que não se mede em troféus

A verdade é que este time não foi um fracasso. Foi uma revelação. Dell, com seus gols e sua coragem. Luis Pacheco, que mesmo amarelo, segurou o meio-campo. Zé Lucas, que fez a defesa funcionar mesmo sem Luís Eduardo. E até Ângelo, que errou duas cobranças, mas foi o único a ter a coragem de voltar a cobrar. Esses garotos vão crescer. Vão jogar em clubes europeus. Vão vestir a camisa da seleção principal. E um dia, alguém vai lembrar: "Foi nesse Mundial que tudo começou".

Frequently Asked Questions

Por que a Seleção Brasileira Sub-17 foi tão desfalcada na semifinal?

O Brasil ficou sem quatro jogadores essenciais: Luís Eduardo, suspenso por terceiro cartão amarelo; Arthur Ryan e Vitor Hugo, suspensos por cartões; e Derick, lesionado. Essa ausência forçou o técnico Dudu Patetuci a improvisar a defesa, deixando a equipe mais vulnerável, especialmente contra os contra-ataques rápidos da Portugal, que exploraram bem o espaço deixado.

Qual foi o impacto da expulsão de Luís Eduardo nas quartas de final?

A suspensão de Luís Eduardo, zagueiro titular em quatro das seis partidas e autor de um gol na competição, foi decisiva. Ele era o líder da defesa e o único que conseguia segurar os ataques físicos da seleção marroquina. Sem ele, a zaga brasileira perdeu estabilidade, e os portugueses aproveitaram para pressionar com mais intensidade, especialmente nos minutos finais do jogo.

Por que Dell não conseguiu evitar a eliminação, apesar de ser o artilheiro?

Dell converteu sua cobrança de pênalti com calma, mas o futebol não é individual. Ele marcou cinco gols na competição, mas não pode carregar o time sozinho. A pressão sobre ele cresceu a cada jogo, e quando o time perdeu a estrutura defensiva, os adversários focaram em anular seu espaço. Mesmo assim, foi o jogador mais perigoso do Brasil — e o que mais merecia um título.

Como foi a atuação da arbitragem na partida?

A arbitragem foi controversa. O Brasil sofreu duas faltas graves contra Dell, sem cartão, enquanto o lateral Ângelo recebeu um amarelo por uma entrada que muitos consideraram normal. O árbitro também ignorou uma possível mão na área portuguesa no segundo tempo. Apesar disso, a FIFA não anulou o resultado — e o jogo foi considerado válido, embora tenha gerado críticas de técnicos e ex-jogadores brasileiros.

Qual é o próximo passo da CBF após esta eliminação?

A CBF já anunciou que fará uma avaliação interna da preparação da base, especialmente no que diz respeito ao manejo de cartões e ao suporte psicológico para jogadores em situações de pressão. A equipe que jogará o terceiro lugar contra a Itália será a mesma, mas com reforços na mente — e não só no elenco. A ideia é transformar essa derrota em aprendizado para a próxima geração.

O Brasil já teve outras eliminações por pênaltis em Mundiais Sub-17?

Sim. Em 2007, o Brasil foi eliminado pela Nigéria nos pênaltis nas semifinais, em um jogo que terminou 1 a 1. Naquela ocasião, o goleiro Rafael também errou uma cobrança, e o time não conseguiu se recuperar. É um padrão que se repete: o Brasil tem talento, mas ainda luta contra a pressão psicológica em momentos decisivos — e isso precisa ser tratado como prioridade.

10 Comentários

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    Joseph Foo

    novembro 27, 2025 AT 08:37

    Essa equipe merece mais que medalha. Ela mostrou que o Brasil ainda tem raiz, coração e garra. Não importa o placar: esse time já venceu só por existir.
    Parabéns, meninos. Vocês fizeram o país respirar fundo.
    Esse não é fim. É só o começo.
    Eu tô com vocês.
    Na próxima, a gente pega o troféu.
    Com tudo.

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    Marcela Carvalho

    novembro 29, 2025 AT 04:14
    O Brasil perdeu porque o mundo odeia o futebol brasileiro e a FIFA tá no bolso da UEFA e os juízes são todos europeus e o Dell foi sabotado e o Ângelo foi pressionado por um esquema de lavagem de cérebro da Nike e o zagueiro que sumiu era um clone da CBF que foi sequestrado por um alienígena que queria o pentacampeonato pra si
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    vera lucia prado

    novembro 29, 2025 AT 08:38

    É fundamental reconhecer que a derrota não se resume à falha técnica, mas sim a um complexo sistema de pressão psicológica, ausência de suporte estruturado e gestão inadequada de cartões amarelos. A CBF, por sua vez, demonstra um déficit crônico na formação de resiliência emocional em atletas jovens, o que, em contextos de alta competição, se traduz em colapsos sistêmicos. A análise superficial da derrota como mera questão de pênaltis é profundamente redutora e desrespeitosa com o trabalho de toda a comissão técnica e os próprios jogadores.
    É necessário um plano de reestruturação holística, com psicólogos esportivos, nutricionistas e gestores de desempenho integrados desde as categorias de base.

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    Ana Carolina Borges

    novembro 30, 2025 AT 10:28

    Alguém já parou pra pensar que o chute na trave do Ângelo não foi acidente? O que se vê aqui é um padrão de sabotagem institucional. A CBF tem um acordo secreto com a UEFA pra manter o Brasil longe do título desde 2003, e os cartões amarelos são programados por um algoritmo que monitora o brilho dos jogadores. O Dell foi marcado como perigoso demais, então a arbitragem foi manipulada pra que ele sofresse faltas sem punição, pra desgastar a equipe psicologicamente. E o goleiro? Ele foi ameaçado com a expulsão da família se não deixasse o gol passar. Isso não é futebol. É um jogo de poder. E nós, torcedores, somos apenas peões num tabuleiro que ninguém quer explicar.

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    ANTONIO MENEZES SIMIN

    dezembro 1, 2025 AT 19:38

    É... isso foi triste, mas bonito.
    Os meninos deram tudo.
    Eu fiquei com o peito apertado quando o Dell converteu.
    Quase chorei.
    É difícil ver garotos tão jovens carregando esse peso.
    Sei que vão crescer.
    E vão ser grandes.
    É só... que agora, o coração tá um pouco mais pesado.

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    Inah Cunha

    dezembro 1, 2025 AT 22:20

    EU NÃO ACREDITO QUE ISSO ACONTECEU!!!
    ÂNGELO VOLTOU PRA COBRAR???
    EU SÓ QUERO ABRAÇAR ESSE MENINO E DIZER QUE ELE É HERÓI!!!
    ISSO NÃO É DERROTA, ISSO É LENDA!!!
    DELL É O NOVO HAALAND DO SERTÃO E NINGUÉM VAI ME DIZER O CONTRÁRIO!!!
    EU VOU FAZER UMA CAMISA COM O NOME DELES TODOS E USAR NA PRÓXIMA COPA!!!
    EU VOU CHORAR ATÉ O DIA DO BRASIL!!!

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    Cristiane Ribeiro

    dezembro 2, 2025 AT 08:16

    Essa geração não é a próxima. É a primeira que vai mudar o futuro do futebol brasileiro. O que aconteceu não foi fracasso. Foi treinamento de vida. Cada pênalti cobrado, cada falta sofrida, cada olhar de determinação - isso tudo é mais valioso que qualquer troféu. O Brasil não perdeu talento. Perdeu um jogo. Mas ganhou um legado. O que importa agora é não desistir deles. Eles não precisam de críticas. Precisam de abraços, de tempo, de confiança. Vamos apoiar. Vamos torcer. Vamos deixar eles crescerem. Porque o próximo título? Ele já começou aqui.
    Com amor, não com pressão.

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    valdirez bernardo

    dezembro 2, 2025 AT 10:03
    Parece que ninguém leu o histórico da CBF. Em 2007 foi o mesmo merda, goleiro errando pênalti, agora é o mesmo. Eles não treinam pênalti, só treinam passe. E o técnico? Dudu Patetuci? Ele nunca treinou nada além de futebol de várzea. E o pessoal da CBF ainda acha que colocar um cara que nunca treinou em um Mundial é estratégia. Isso aqui é crime contra a juventude. E o pior: ninguém fala disso. Só falam em Dell. Mas se o time tá desfalcado e o técnico é amador, quem é o culpado? A CBF. Eles é que deveriam ser eliminados.
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    Andreza Nogueira

    dezembro 3, 2025 AT 14:20

    Essa derrota é a prova de que o Brasil não merece ser campeão. Tudo é bagunça. Jogador suspenso por cartão? É porque o técnico não sabe controlar o time. Pênalti perdido? É porque o jogador é fraco. O povo só quer vitória, mas não quer se esforçar. O futebol brasileiro é uma farsa. Eles só sabem jogar com talento, mas não com disciplina. Portugal fez o que o Brasil deveria ter feito: jogou com cabeça. E nós? Só com emoção. E isso não ganha Mundial. Isso só faz o povo chorar. A culpa é do povo que exige demais. E do governo que não investe em educação esportiva. Nós merecemos isso.

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    Vitor Ferreira

    dezembro 4, 2025 AT 21:50
    Vocês acham que isso é triste? Isso é o mínimo. O Brasil nunca foi um país de futebol, só de ilusão. O que vemos aqui é um time de garotos que não sabem nem driblar direito. O Dell é bom, mas ele não é Messi. E o Ângelo? Ele é o tipo de jogador que só sabe correr. Portugal tem estrutura, treinamento, ciência. O Brasil tem chapéu e samba. E aí? A gente fica surpreso quando perde? Não. A gente só se esquece que o mundo evoluiu. E nós? Ainda estamos no século passado. Essa seleção é um retrato da nossa educação. Caótica. Desorganizada. E sem futuro.

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